Ganimedes a maior lua de Jupiter é maior que o planeta Mercurio. Porem vista ao lado do nosso planeta gigante ela parece tão pequenina!
Vejam Ganimedes se pondo atraz de Jupíter

Yvone pessoa

Primeiro Caderno Dia-a-dia
Edição de segunda-feira, 8 de março de 2010
Pioneira na PB em física quântica Pesquisadora une em seu trabalho as ciências humanas e as exatas
Isabella Araújo // isabellaaraujo.pb@dabr.com.br

A paraibana Yvone Pessoa fez um mergulho pelo "Universo das Neurociências" através da Física Quântica, um desafio que poucas pessoas encaram, e menos ainda no caso das mulheres. Mas, o que torna ainda mais interessante a trajetória que acarretou à professora e pesquisadora um doutorado conquistado na Universidade Laval (Canadá), é o fato de Yvone Pessoa ter uma formação na área de Humanas, especificamente na Literatura Francesa, uma área que aparentemente não dialoga com as Ciências Exatas.


Yvone Pessoa é uma das principais referências na área no estado Foto:Isabella Araújo/ON/D.A Press
No entanto, a paixão pelo conhecimento demonstrado por Yvone parece ter quebrado essa barreira em busca de uma visão global da ciência, conforme ela mesma explica que "é preciso ver a unidade no todo". Autodidata, a cientista é capaz de discutir a ciência das micro-partículas (Física Quântica), assunto que envolve cálculos complexos, relacionando às tecnologias ao cosmos, além de abordar a psicanálise (o papel do inconsciente humano). Também é possível conversar com ela sobreas culturas célticas e germânicas, entre diversos outros temas que domina, a exemplo da Literatura Francesa, área em que fez mestrado na Universidade de Estrasburgo (França).

O "casamento" entre a área de Exatas e as humanidades não é nenhum bicho de sete cabeças para Dra. Yvone, que incorpora a psique e os arquétipos oriundos dos símbolos literários aos cálculos matemáticos. No entanto, o fato de uma mulher da área de Humanas ter se "infiltrado" no principal campo em evidência da Física da atualidade foi motivo de vários enfrentamentos: "Uma vez uma professora xingou a área humanística, então eu respondi produzindo um trabalho sobre Buracos Negros", afirma sorrindo. Yvone, que nasceu em João Pessoa, não se considera uma feminista: "não levo em conta o gênero ao conhecer uma pessoa" afirma, defendendo, no entanto, o conhecimento científico.

--------------------------------------------------------------------------------


Edição de segunda-feira, 8 de março de 2010